Saturday, December 29, 2007

Dezembro em cheio!!



Estamos a concluir mais um ano. Por estes lados, na Pérola do Atlântico o mês de Dezembro é sempre muito movimentado pois é o mês da “Festa”. É um mês de muita azafama pelas ruas e de muita luz ou não fosse o Natal.
Durante este mês houve duas actividades que marcaram a caminhada da JD Madeira.
A primeira foi o retiro de Advento, realizado no dia 2 de Dezembro no Colégio do Infante (Monte). O tema do retiro “Viver a interioridade”, foi uma oportunidade para parar um pouco e centrar-se na riqueza que o tempo de Advento nos oferece para nos encontrarmos connosco próprios e com Deus. Intercalando momentos de reflexão, partilha e “deserto” (e o ambiente do local a isso convidava) procuramos preparar a vinda do Senhor na interioridade do nosso coração e no confronto com a Palavra de Deus. Um dia muito bem passado na partilha (até o almoço foi partilhado) e também no convívio, especialmente à volta da coqueluche do Colégio Infante (um cãozinho simpático e muuuuito hiperactivo).
A segunda actividade que marcou o nosso mês foi o jantar de Natal que se realizou no dia 18 de Dezembro e que reuniu o razoável número de JD's e não só. Pelas 20h marcamos ponto de encontro no Funchal e lá fomos à procura de uma sítio onde se pudesse comer. Mais minuto menos minuto, as tropas reunidas, foram guiadas pelo chefe que, no dia anterior já tinha calcorreado o Funchal à procura de um lugar simpático em todos os sentidos (especialmente nos preços;)). Os chefe guiou-os a um sítio escondido junto à Alfandega de cozinha italiana, especializada em pastas. Depois de um belo repasto houve a troca de prendas, onde apareceu de tudo... chocolates, livros, bijutarias, jogos... digamos que o mais importante foi mesmo o gesto.
Acabado os comes e bebes e como a noite ainda era uma criança, fomos dar uma volta pela cidade para ver as luzes (um espectáculo sem igual no nosso país), as decorações de Natal e lapinhas. Digo-vos sinceramente que a uma certa altura do nosso passeio digestivo estava a ver as coisas mal paradas, pois as fotos com o Pai Natal e as renas puseram alguns guardas em pulgas...
E assim foi mais um mês da JD neste lados, assinalados pela celebração da “Festa” do Natal que para nós madeirenses está tão cheia de tradições.
Resta desejar a todos os bloguistas um 2008 cheio de saúde e alegria!!

Pe. Juan Noite

Um magusto na Bica da Cana


A Associação de Leigos Voluntários Dehonianos (ALVD) e a Juventude Dehoniana (JD) da Madeira não quiseram deixar passar em vão o feriado de 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos, e organizaram um “magusto” nas serras da ilha. O local escolhido para a festa foi a Bica da Cana, no planalto do Paul da Serra, onde se reuniu um grupo deveras animado e disposto a resistir ao frio, que ali marcava presença activa.
O ponto de encontro foi na igreja da Serra de Água, após a missa da manhã. Os ponteiros do relógio caminhavam já para o meio dia, quando o grupo se meteu em duas carinhas e arrancou em direcção à Encumeada. Depois, seguiu pela estrada vertiginosa, que rasga as montanhas, rumo ao Paul da Serra, e revela uma paisagem deslumbrante.
«Esta é uma das zonas mais bonitas da Madeira», confessou o padre Juan, do Colégio Missionário, que ia ao volante de uma das viaturas, algo preocupado com a pequena quantidade de castanhas que se levava para o “magusto”. Isto porque, nessa manhã, o produto rapidamente esgotou em vários supermercados, além de que a colheita deste ano não foi lá muito boa na Madeira.
Na Bica da Cana, apesar da pequena multidão que ali se encontrava, ainda havia um recinto disponível para preparar a comida. Em breve, acendeu-se uma fogueira. Antes das castanhas assadas, preparou-se uma espetada à boa maneira madeirense, saborosa e tenra, e uma salada de alface para acompanhar. Em cima de uma mesa de pedra, ao ar livre, dispuseram-se guloseimas, sumos e vinho e a conversa foi ficando cada vez mais animada. O problema era mesmo o frio, sempre mais intenso, à medida que o nevoeiro baixava sobre o planalto.
Finalmente, as castanhas assadas, o “magusto” do Dia do Pão por Deus. Eram poucas, é certo, mas quentes e boas, como manda a lei. Pelo menos, ninguém se queixou, a não ser mesmo do frio, que, por volta das 16 horas, arrastou toda a gente para um restaurante, em busca de café e abrigo.
Depois, o grupo desceu à Calheta, onde o sol brilhava como no verão e havia gente descontraída na praia – um sinal evidente do micro-clima da Madeira.
O dia de “magusto” da ALVD e da JD terminou onde começou – na Serra de Água, onde (quem vive na ilha sabe muito bem disto) é sempre obrigatório beber uma “poncha” antes de regressar a casa.
Duarte Caires